Olá, pessoal! Demorei mas volteeeei com nossa segunda postagem da série: Saga dos melasmas!

Na nossa ultima postagem da série, nós falamos sobre o que é melasma, sua fisiopatologia, como prevenir  e como o melasma se classifica (se você ficou de fora, clique aqui e leia o post #1 da saga dos melasmas).
Hoje, nós vamos falar sobre que recursos podemos utilizar para avaliar um melasma em epidérmico, dérmico ou misto, dentro do que podemos utilizar na Fisioterapia. Existem inúmeras formas de identificar e diagnosticar melasmas, porém, algumas formas são exclusivamente de domínio do profissional médico.



Antes de tudo, é importante salientar a necessidade de se avaliar bem um melasma. É a partir da avaliação que vamos identificar o prognóstico de melhora daquela pele e que recursos (sejam eles físicos ou químicos) iremos utilizar naquela mancha. O não sucesso no tratamento de manchas resistentes como o melasma, muitas vezes está na avaliação incorreta (ou insuficiente) daquela pele.

Anamnese

Assim como todas as áreas da nossa profissão, toda avaliação começa com uma boa anamnese. É nessa anamnese que devemos questionar pontos muito importantes à paciente, tais como:

- Hábitos alimentares
- Desordens hormonais
- Doenças associadas
- Uso de filtro solar ou de outros cosméticos regularmente
- Histórico de melasma na família
- Quando as manchas começaram a aparecer
- Se costuma se expor muito ao sol
- Se já fez tratamento prévio para aquela mancha
- Se possui outros tipos de manchas associadas (como efélides ou hipercromias pós inflamatórias)

Esses são alguns exemplos de detalhes que podemos incluir na nossa avaliação... lembrando que quanto mais rica nossa avaliação for, maior a probabilidade de sucesso no tratamento.

Exame Físico/Inspeção

É no exame físico que devemos identificar pontos importantes, tais como o fototipo da paciente e a localização daquele melasma. Basicamente, os melasmas são mais encontrados nas regiões: centrofacial, malar e mandibular.

Centrofacial- É o mais comum e envolve as áreas malar, frontal, mentoniana, supralabial e nasal.
Malar- Engloba as áreas malar e nasal
Mandibular- Como o próprio nome já diz, envolve apenas a região mandibular.

A lâmpada de wood

Fonte:Google imagens

A lâmpada de wood irá nos permitir identificar se o melasma é epidérmico, dérmico ou misto. A radiação luminosa emitida pela lâmpada, ao incidir sobre a pele, penetra profundamente sendo absorvida pelos grânulos de melanina nos níveis em que eles se encontram.

Sendo assim, um melasma epidérmico, que é quando o depósito do pigmento melanina restringe-se às camadas basal, supra basal e estrato córneo irá apresentar-se na lâmpada de wood com acentuação da  coloração. (Ou seja, a cor da mancha irá se acentuar quando observarmos com a luz de wood).
Já um melasma dérmico, que é quando o depósito de pigmento encontra-se na derme superior e média, irá se apresentar na lâmpada de wood sem acentuar sua cor. (Ou seja, não iremos visualizar aumento de coloração da mancha  na luz de wood)
E, por fim, o melasma misto. No melasma misto temos depósito de melanina nas camadas da epiderme e da derme. Sendo assim, ao examinar a mancha com a luz de wood, algumas áreas apresentam-se com aumento da coloração e outras não.

Bom gente... é isso! Uma lâmpada de wood é um recurso barato e extremamente necessário para se ter na hora de avaliar manchas! Apesar de não ser um método 100% acurado e que nos dê 100% de certeza sobre qual o tipo de melasma (pois isso só é possível através da dermatoscopia ou análise histológica), é algo válido de se ter, com toda certeza!
Espero que tenham gostado do post! Continuaremos com nossa série #SagaDosMelasmas! No próximo post da série vamos falar sobre tratamento!

Beijos e até mais!

Sara Neves.

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