Olá pessoal, tudo bem?
 Como eu amo falar de estria! haha já conversamos um pouco sobre a carboxiterapia e seus benefícios MARAVILHOSOS no tratamento de estrias, agora chegou a vez de falar um pouco sobre a microgalvanopuntura, que é a utilização da microcorrente galvânica nos tratamentos estéticos.
As correntes elétricas têm sido utilizadas desde a criação da Medicina. Os primeiros relatos do seu uso remetem da Grécia Antiga e Império Romano, para tratamento de cefaléias (dor de cabeça) e dores em geral.
Já os primeiros relatos do uso de correntes elétricas de baixa intesidade (microcorrentes) remetem à Medicina Oriental, com o uso da eletroacumputura.
Atualmente, podemos encontrar vários tipos de aparelhos que usam as microcorrentes para as mais diversas finalidades tais como: tratamento de ulceras de decúbito e pós operatórios. As microcorrentes são correntes que operam na faixa de microamperes e podem se apresentar na forma contínua ou alternada, também podem ser chamadas de MENS (micro electro neuro stimulation).
Hoje, nós vamos se ater aos benefícios da microcorrente galvânica (prometo voltar aqui mais vezes falando sobre as outras formas de aplicação e tratamento), comumente chamada de microgalvanopuntura e largamente utilizada no tratamento de estrias e rugas.

OBS: Não podemos confundir microcorrente com microgalvânica, pois a primeira é uma corrente despolarizada e a segunda é polarizada, apesar das duas emitirem intensidades medidas em microamperagem.


A corrente utilizada no tratamento de estrias é a monopolar de baixa intensidade, que será distribuída em dois eletrodos de tamanhos, formas e características totalmente distintos. Os efeitos desta técnica estão fundamentados na associação da corrente elétrica de baixa intensidade com uma perfuração cutânea através de uma agulha especial (AGNE, JONES; 2015).
A agulha utilizada no tratamente é de 3mm (não sendo utilizada a agulha de acunputura!). A agulha ideal se mantém rígida, facilitando o agulhamento, diferentemente da de acunputura que é extremamente flexível.

OK... MAS O QUE É A ESTRIA PROPRIAMENTE DITA?

A estria é descrita na literatura como uma atrofia tegumentar adquirida que faz com que a pele fique menos elástica que uma pele saudável e desprovida de pelos e glândulas sudoríparas.

A finalidade da microgalvanopuntura é promover uma reação inflamatória localizada (por meio da introdução das agulhas SUPERFICIALMENTE, entre a epiderme e a derme, na região das estrias) que desencadeia propriedades de reestruturação tecidual da pele. A aplicação da agulha deve ser paralela com a pele com uma leve inclinação e deverá ser num único movimento, rápido e preciso, o que diminui bastante a sensação de dor relatada pelo paciente.
As reações inflamatórias necessárias para a regeneração da pele aparecem em poucos minutos após a aplicação, o que pode ser facilmente notado devido à hiperemia e edema local pós aplicação devido à liberação de substâncias locais responsáveis pela vasodilatação e aumento da permeabilidade de vasos.

 O aparelho mais comumente utilizado para a técnica é o striat, que tem um custo benefício bastante bom para quem está iniciando na área.

OBSERVAÇÕES:

- Não utilize anestésicos para diminuição da sensação de dor da paciente, pois anestésicos podem causar vasoconstricção, alterando os resultados do tratamento.
- Resultados satisfatórios em média com 10 sessões.
- Evitar a introdução da agulha com o equipamento desligado
- Pacientes em uso de drogas à base de corticóides e esteróides não poderão realizar o tratamento com a microgalvanopuntura até que seja realizada a pausa dos medicamentos (PRINCIPALMENTE ROACUTAN).
- Evitar exposição ao sol durante o tratamento
- Não associar tratamentos abrasivos (ácidos e mecânicos) no decorrer da microgalvanopuntura.
- Técnica restrita até o fototipo III, peles acima disto deverão utilizar-se de outros tratamentos, tais como a carboxiterapia.
- Não associar com a carboxiterapia numa mesma sessão!

Para ler sobre a carboxiterapia clique aqui

Referências para leitura: Eletrotermofototerapia - Jones Agne, Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas -  Fábio Borges.

Por hoje é só, pessoal!
beijos

Sara Neves.

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