Olá,
pessoal!
Hoje vamos falar um pouco sobre dietas restritivas ou “dietas da moda”
e as consequências que elas podem acarretar na nossa saúde quando utilizadas de
modo errôneo.
A cultura
ocidental, de extrema valorização da magreza, com a pressão para o
emagrecimento interagindo com outros fatores biológicos, psicológicos e
familiares, geram uma preocupação com o corpo e um pavor patológico de
engordar. Essa pressão ocorre, principalmente, com as mulheres para quem a
aparência física é relacionada a um valor pessoal e se associa com sucesso
profissional, autonomia financeira e independência. Portanto, a não aceitação
do corpo leva muitas mulheres a caírem na armadilha das dietas, sendo essa
alienação apoiada pela indústria do emagrecimento, que perpetua os mitos acerca
das dietas, no entanto estas dietas tornam-se falíveis, pois não levam em
consideração o cotidiano das pessoas e tampouco seus hábitos alimentares.
Efeitos
clínicos adversos das dietas altamente restritivas (DAR – abaixo de 800
calorias) incluem fadiga, fraqueza, constipação, queda de cabelos, pele seca,
unhas quebradiças, náuseas, diarréia, alterações menstruais, edema e
intolerância ao frio. Além destes, podem surgir também outros
efeitos adversos considerados mais graves, como: distúrbios cardíacos,
incluindo risco de morte súbita e arritmias; colelitíase; hiperuricemia e gota.
A hiperuricemia pode desenvolver-se secundariamente à superprodução ou à
subexcreção de uratos. Os níveis séricos de ácido úrico usualmente sobem
durante as DAR, em geral secundário à acidose metabólica induzida pela dieta, e
usualmente permanecem abaixo de 10mg/dL. Se os níveis de ácido úrico estiverem
superiores a esse valor, ou caso surja sintomatologia gotosa, pode-se liberar a
ingestão de carboidratos e/ou utilizar tratamento medicamentoso específico.
Pacientes com história de gota ocasionalmente desenvolvem crise aguda, embora
isso seja raro em pacientes previamente assintomáticos.
A
Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) defende que a ingestão de
energia e nutrientes deve atender as necessidades fisiológicas de quase todos
os indivíduos de uma população sadia e as causas para desencadear a desnutrição
crônica ou a obesidade ou as duas simultaneamente, podem estar relacionadas com
a carência ou o excesso de qualquer um dos macronutrientes.
Vale
lembrar que em alguns casos não somente a alimentação é responsável pelo
excesso de peso: medicamentos, alterações hormonais, estresse, dentre outros
fatores podem estar associados ao elevado ganho de peso.
Resumindo,
galerinha.. cada pessoa tem uma necessidade específica de calorias e nutrientes
e que é fundamental ao bom funcionamento do seu organismo. Em alguns casos,
pode ser preciso se utilizar de dietas restritivas até certo ponto para
emagrecimento, mas isso tem que ser acompanhado por um nutricionista que vai
saber até quanto essa restrição não lhe trará prejuízos a saúde e escolherá as
melhores fontes alimentares para que você não acabe desenvolvendo alguma doença
carencial ou mesmo um transtorno alimentar e isso te possibilite alcançar um
emagrecimento saudável.
Espero ter
ajudado, beijos e até a próxima!
Maria Ezinete.
