Olá pessoal, tudo bem com vocês?
Finalmente voltei por aqui, já estava com saudades de escrever algo.
Porém, como eu havia comunicado na página do facebook do blog, o rítmo normal das postagens retornariam após o feriadão do são joão, que aqui no nordeste é tradição das boas!
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Bom, o assunto que eu escolhi hoje pra gente conversar é sobre uma disfunção bastante comum que as mulheres podem adquirir durante a gravidez e que prejudica diretamente a estética corporal e a autoestima: A diástase abdominal.
Diástase é uma palavra que vem do grego e significa "Separação". Sendo assim, a diástase abdominal nada mais é do que a separação do músculo reto do abdome (que é o músculo que vocês podem ver ilustrado na foto acima). Normalmente, as duas porções do músculo reto abdominal se comunicam através de um tecido fibroso denominado linha alba, porém, durante a gravidez, algumas mulheres que possuem fragilidade neste tecido ou que tenham ganhado muito mais peso do que o previsto para uma gravidez saudável, podem apresentar a separação anormal das duas porções deste músculo.
A prevalência do distúrbio gira em torno de 30% dos casos de gravidez e essa porcentagem tende a aumentar conforme a quantidade de gestações da mulher (ou seja, é mais comum na segunda ou terceira gestação).
O diagnóstico da diástase abdominal é puramente clínico e se realiza através do exame físico, onde se constata uma separação do músculo maior que 2cm.
Como prevenir?
O segredo para a prevenção é bastante simples: Realizar exercícios que fortaleçam a musculatura abdominal como um todo (pré gravidez). Vou deixar na foto abaixo alguns exercícios que podem ser realizados em casa, mas vale sempre lembrar que existem muitas outras formas que podem ser realizadas com o acompanhamento de um educador físico que irá analisar a melhor forma de se realizar para a necessidade de cada pessoa.
Também é de extrema importância o acompanhamento com um Nutricionista antes, durante e após a gravidez, para que seja traçada uma dieta e controle de peso adequados, suprindo as necessidades da mãe e do bebê.
Qual o tratamento?
Certo, mas se a diástase já estiver instalada? Qual o tratamento?
Bom gente, existem duas formas de tratamento: O conservador e o cirúrgico.
1- O tratamento conservador consiste no uso de cintas abdominais (prescritas devidamente por um médico) e de exercícios para a musculatura abdominal. As cintas "apertam" o músculo, tentando fazer com que o músculo reto abdominal retorne ao seu estado natural. As pacientes que não respondem bem ao tratamento conservador, são encaminhadas ao tratamento cirúrgico.
2- O tratamento cirúrgico faz-se por meio da Abdominoplastia. Por meio desta cirurgia, retiram-se o excesso de gordura e pele instaladas no abdome e ainda restaura-se a integridade do músculo por meio da sutura, em toda a sua extensão (unindo as duas partes do músculo). A cirurgia é de grande porte e o pós operatório é doloroso, por isto, só é realizada nos casos em que a paciente não responde de forma alguma ao tratamento conservador.
Onde entra o tratamento estético?
Ta ai a dúvida que se você chegou até aqui na postagem deve está se perguntando: De que forma o profissional da Dermatofuncional pode atuar?
Bom, após a cirurgia podem se desenvolver algumas complicações, tais como hematomas e seromas, cicatrizes hipertróficas, hipotróficas e queloideanas, retrações, infecções, fibroses e aderências, hiperpigmentação cutânea, etc.
Sendo assim, podemos atuar em todas estas intercorrências, por meio de Drenagem linfática manual, uso do ultrassom terapêutico, massoterapia, cinesioterapia, uso do laser, radiofrequência, entre outros. A escolha adequada do tratamento irá depender, claro, da complicação desenvolvida por cada paciente e do tempo de pós operatório.
Além disso, a literatura relata que a intervenção fisioterapêutica no pós operatório de abdominoplastia deve ocorrer entre 72 horas a 15 dias após o procedimento cirúrgico, período em que poderemos obter os maiores resultados.
Bom pessoal, por hoje é só!
Espero que a postagem tenha sido útil!
Abraços,
Sara Neves,