Oi gente! Finalmente voltei!
Esse mês de Setembro está uma loucura, parece que os dias estão passando voando!
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O tema de hoje é algo que é foco da maioria dos tratamentos de face: Melasmas! Pois é gente, aquelas manchinhas indesejáveis, que comumente aparecem durante a gestação, não são coisas fáceis de tratar. Porém, não são impossíveis!
Como este tema é alvo de muuuuuitos (mas muitos mesmo!) pontos a serem abordados, podem aguardar que teremos outras postagens sobre recursos isolados para avaliação e tratamento do melasma e associações de protocolos (pois existem muitos, porém nem todos são eficazes).
Então digamos que este é um post "introdutório" sobre a saga dos melasmas! hahaha. Sem mais, vamos ao post?


Segundo a sociedade brasileira de dermatologia, Melasma é uma condição que se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras na pele, mais comumente na face, e que também pode acometer braços e colo. Trata-se de uma zona de hiperpigmentação facial semelhante à uma máscara, mais comumente associada à gravidez. Mostram-se como máculas mal definidas, borradas, castanho amarronzadas envolvendo bochechas, têmporas e fronte bilateralmente.
A exposição à radiação UV é o principal fator desencadeante para o seu aparecimento, sendo bastante comum em mulheres que utilizam contraceptivos orais.

Embora possa acometer ambos os sexos e todas as raças, favorecem fototipos intermediários e indivíduos de origem oriental ou hispanica, que habitam em áreas tropicais. É mais comum em mulheres adultas em idade fértil, podendo, porém, iniciar-se pós menopausa. A idade de aparecimento situa-se entre os 30-55 anos e o sexo masculino representa apenas 10% dos casos.

Fotos: Sociedade Brasileira de dermatologia
Existem inúmeros fatores envolvidos na etiopatogenia da doença, mas nem todos estão bem elucidados na literatura. Dentre eles podemos citar: Influências genéticas, exposição à radiação UV, gravidez, terapias hormonais, cosméticos, drogas fototóxicas, endocrinopatias, fatores emocionais e medicações anticonvulsivantes.
Fisiologicamente, o melasma é resultante da hiperatividade melanocítica que se dá devido a diversas alterações nas cascatas de formação da melanina. O estudo dessas cascatas é bastante complexo e é de importante entendimento para os profissionais que desejam tratar melasma através da cosmetologia. É importante entender onde cada ativo atua de modo a inibir a hiperestimulação dos mecanismos formadores da melanina.
Acreditem, poderíamos passar horas e horas falando desses mecanismos... No ultimo curso que fiz, com o Professor Lucas Portilho farmacêutico que estuda bastante essa parte de fotoproteção, falamos sobre 18 formas de inibição dessa hiperpigmentação. Ou seja, não é nada fácil e nem teria como ser aprendido e detalhado em uma postagem de um blog. (Então fica aqui a minha dica: façam um curso ou capacitação exclusivo sobre mecanismos formadores e de tratamento de manchas, é muito construtivo e vai te fazer atingir resultados maravilhosos!)

Mas voltando ao post...

Histologicamente o melasma pode ser dividido em 3 classificações:

Melasma epidérmico - caracterizado pelo aumento do depósito de melanina na camada basal
Melasma dérmico - caracterizado por macrófagos na derme papilar  que fagocitaram melanina das camadas epidérmicas.
Melasma misto - quando a paciente apresenta os dois tipos de melasma associados: dérmico e epidérmico.

Essa classificação costuma ser dada por meio da avaliação através da lâmpada de wood e será tema da nossa segunda postagem da "saga dos melasmas": Como avaliar? (aguardem)

Aqui no final, depois de tantas definições, fica a dúvida: como prevenir?

Bom gente, algumas medidas preventivas podem (e devem) ser tomadas, embora o fator genético não possa ser mudado. São elas:

1- Fotoproteção: Sempre aplicar filtro solar de no mínimo fator solar 30 e reaplicar durante o dia.
2- Evitar exposições solares prolongadas nos horários onde o sol está mais intenso, das 11-16.
3- Fazer uso de outros métodos contraceptivos, que não os hormonais (como o DIU).
4- Manter sempre a pele limpa e o mais importante: hidratada.
5- Tratamentos como depilação de face somente devem ser realizados com aprovação do seu dermatologista.
6- Evitar esfoliações ou tratamentos descamativos (como peelings) em excesso. A pele pode entender como uma agressão e acentuar -ainda mais- a produção de melanina.

Bom gente, por hoje é só! Fiquem ligadinhos que ainda teremos mais posts sobre melasma viu? Sobre como avaliar corretamente e sobre tratamento!

REFERÊNCIAS:
*Sociedade Brasileira de Dermatologia
* Fundamentos de patologia - Robbins & Cotran
*MIOT, Luciane Donida Bartoli et al . Fisiopatologia do melasma. An. Bras. Dermatol.,  Rio de Janeiro ,  v. 84, n. 6, p. 623-635,  Dec.  2009 .

Até a próxima e um ótimo domingo!

Sara Neves.

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